29 de outubro de 2010

Quero apenas ouvir as verdades inteiras...

Quero a fala de todas as palavras, o olhar de todos os desejos, a verdade de todas as histórias. Quero a noite toda toda toda. Quero esmiuçar cada detalhe, gritar cada silêncio, desvendar cada segredo. Quero sentir o gosto todo azedo, sem nenhum pitada de açúcar. Quero me lambuzar de fatos esquecidos. Quero chorar de arrependimento, lamúriar sem piedade, sem dó de mim mesma. Quero bancar a desesperada. Quero vomitar minha infantilidade. Quero rir de coisa alguma e chorar ao mesmo tempo. Bancar a idiota e não querer seu colo. Quero viver por inteiro. Quero descobrir seus motivos. Quero ouvir verdades inteiras. Quero ganhar tapa na cara sem dó. Quero rir de tudo isso. Quero fazer nada disso. Apenas, Ouvir... Quero apenas ouvir as verdades inteiras... 

... Tributo ao Tempo:

Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. 

A VIDA É LONGA PARA QUEM CONSEGUE VIVER PEQUENAS FELICIDADES. 

E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança tranqüila brincando de esconde-esconde. Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos:
A viagem que não fizemos,O presente que não demos,A festa que não fomos,O amor que não vivemos,O perfume que não sentimos. 

A VIDA É MAIS EMOCIONANTE quando se é ator e não espectador. Quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos. 

Esta mensagem é um tributo ao tempo. Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro. PORQUE A VIDA É AGORA. Por isso, não tenha medo do futuro, apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou!...

Dalai Lama

28 de outubro de 2010

Deus

"Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também."

Rubem Alves

27 de outubro de 2010

... Vento contra é pra gente voar:

Você já viu uma Pipa voar a favor do vento? Claro que não. Frágil que seja de papel de seda e taquara, nenhuma se dá ao exercício fácil de voar, levada suavemente pelas mãos de alguma corrente. Nunca. Elas metem a cara. Vão em frente. Têm dessa vaidade de abrir mão de brisa e preferir a tempestade. Como se crescer e subir fosse descobrir em cada vento contrário uma oportunidade. Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver uma lição em cada dificuldade.

No fundo, no fundo, todo mundo deveria aprender na escola a empinar pipas, pandorgas ou raias. Para entender desde cedo, que Deus só lhes dá um céu imenso porque elas têm condições de alcançá-lo. Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, quando possuímos os meios de realizá-los. De tempos em tempos, voltaríamos às salas de aula das tardes claras só para vê-las, feito bandeiras, salpicando no céu azul. Assim compreenderíamos, de uma vez por todas, que deveríamos ser como as pipas, que deveríamos usar a adversidade para subir às alturas.

Texto by  Nidonda


14 de outubro de 2010

Amanhecer - Prólogo parte III





NÃO ERA MAIS APENAS UM PESADELO, E A FILA DE PRETO AVANÇAVA PARA nós em meio á névoa gelada que seus pés levantavam.

Vamos morrer, pensei, em pânico. Eu estava desesperada por causa da preciosidade que protegia, mas pensar nisso já era um lapso de atenção a que eu não tinha direito.

Ele se aproximaram como fantasmas, os mantos escuros ondulados levemente com o movimento. Vi suas mãos crisparem-se em garras com de osso. Ele se separavam, Aproximando-se de nós por todos os lados. Éramos em menor número. Estava acabado.

E então, como a explosão de luz de um flash, a cena toda ficou diferente.

Apesar de nada ter mudado- os Volturi ainda nos encurralavam, prontos para matar. Só o que realmente se modificou foi minha percepçao do quadro. De repente eu ansiva por aquilo. Eu queria que eles atacassem. O pânico se transformou em desejo de sangue enquanto eu me agachava, com um sorriso no rosto, e um rosnado atravessava meus dentes expostos.

Amanhecer - Prólogo parte II






A VIDA É UMA DROGA, E DEPOIS VOCÊ MORRE.
É tivesse eu essa sorte...

Amanhecer - Prólogo parte I

EU JÁ TIVERA MAIS DO QUE UMA QUOTA JUSTA DE EXPERIÊNCIAS DE quase morte; isso não é algo com que você se acostume.
Mas parecia estranhamente inevitável enfrentar a morte outra vez. Como se eu estivesse mesmo marcada para o desastre. Eu havia escapado repetidas vezes, mas ela continuava me rondando.
Ainda assim, dessa vez foi diferente.
Pode-se correr de alguém de quem se tenha medo; pode-se tentar lutar com alguém que se odeie. Todas as minhas reações eram preparadas para aqueles tipos de assassinos - os monstros, os inimigos.
Mas quando se ama aquele que vai matá-la, não restam alternativas. Como se pode correr, como se pode lutar, quando essa atitude magoaria o amado? Se sua vida é tudo o que você tem para dar ao amado, como não dá-la?
Quando ele é alguém que você ama de verdade.

Eclipse - Prólogo




TODOS OS SUBTERFÚGIOS QUE TENTAMOS FORAM EM VÃO.
Com gelo no coração, eu o vi se preparar para me defender. Sua intensa concentração não demonstrava sinal algum de dúvida, embora eles estivessem em maior número. Eu sabia que não podíamos esperar qualquer ajuda – naquele momento, era certo que a família dele lutava pela própria vida assim como ele lutava pela nossa.
Será que um dia eu saberia o resultado desse outro combate? Descobriria quem haviam sido os vencedores e os perdedores? Eu viveria tempo suficiente para isso?
As probabilidades não eram muito boas.
    Os olhos negros, selvagens com o desejo feroz por minha morte, esperavam o momento em que meu protetor estivesse distraído. O momento em que eu certamente morreria. Em algum lugar, longe, muito longe na floresta fria, um lobo uivou...

13 de outubro de 2010

Lua Nova - Prólogo

Parecia que eu estava presa em um daqueles pesadelos apavorantes em que você precisa correr, correr até os pulmões explodirem, mas não consegue fazer com que seu corpo se mexa com rapidez suficiente. Minhas pernas pareciam se mover com uma lentidão cada vez maior à medida que eu lutava para atravessar a multidão insensível, mas os ponteiros do enorme relógio da torre não eram lentos. Com uma força implacável, eles se aproximavam inexoravelmente do fim – do fim de tudo.
Mas isso não era um sonho, e, ao contrário do pesadelo, eu não estava correndo para salvar a minha vida; eu corria para salvar algo infinitamente mais precioso. Hoje minha própria vida pouco significava para mim.
Alice dissera que havia uma boa possibilidade de que morrêssemos ali. Talvez fosse diferente se ela não estivesse na armadilha que era a luz do sol intensa; só eu estava livre para correr por aquela praça cintilante e abarrotada.
E eu não conseguia correr com rapidez suficiente.
Então não me importava que estivéssemos cercados de inimigos extraordinariamente perigosos. À medida que o relógio começava a soar a hora, vibrando sob a sola de meus pés lentos, eu sabia que era tarde demais para mim – e fiquei feliz que alguma coisa sedenta de sangue esperasse nos bastidores. Pois, falhando nisso, eu perderia qualquer desejo de viver.
O relógio soou novamente e o sol incidia exatamente no meio do céu.

9 de outubro de 2010

Crepúsculo - Prólogo

             Nunca pensei muito em como morreria. Embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso, mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim.
            Olhei fixamente, sem respirar, através do grande salão, dentro dos olhos escuros do caçador, e ele retribuiu satisfeito o meu olhar.
            Sem duvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre até. Isso devia contar para alguma coisa.
            Eu sabia que, se nunca tivesse ido a Forks, agora não estaria diante da morte. Mas, embora tivesse apavorada, não conseguia me arrepender da decisão. Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim.
O caçador sorriu de um jeito simpático enquanto avançava para me matar...

7 de outubro de 2010

Com o estado de felicidade íntima, a mocidade volta, a beleza reaparece...







As pessoas que se comprazem no sofrimento, que gostam de sentir-se infelizes e fazer os outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. O mau humor, o sentimento de frustração, a amargura marcam a fisionomia, apagam o brilho dos olhos, cavam sulcos na face mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão por que a mulher, que cultiva a beleza, deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera interior, não depende de fatos ou circunstâncias externas.
Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz. Você o conseguirá. E verá o milagre em sua própria face, nos olhos que adquirirão brilho e vivacidade, na boca que perderá o rictus amargo e ganhará um ar jovem, na pele outra vez clara e macia.
Com o estado de felicidade íntima, a mocidade volta, a beleza reaparece. Seja feliz, se quer ser bonita!
Clarice Lispector

5 de outubro de 2010

Felicidade...








Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem.  É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso,  a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor,  a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono  e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter  nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.