8 de dezembro de 2011

Muitas vezes, ousada.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. (...) Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. (...)


Lya Luft

5 de dezembro de 2011

A verdade Mesmo...

Eu só acho que suportar demais desgasta o coração. Ele anda implorando por um descanso, anda implorando para não amar ninguém, não amar você. Ultimamente ele vem me levando a derramar muitas lágrimas e eu só queria deitar a cabeça no meu travesseiro hoje e dormir, mas eu sei que não consigo. Então qualquer idiotice que eu faça seja mais relevante do que tentar fingir que vai passar, como costumo fazer. Eu vou evitar todo o transtorno de ignorar os fatos e vou fazer o que vai ser melhor pra mim, eu vou aliviar a minha dor. Nem que seja só por uma noite, ou por uma vida inteira… Uma vida que talvez não vá nem mesmo existir. Fugir da verdade talvez seja muito melhor, a mentira te leva para lugares diferentes, enquanto a sinceridade te arrasta de volta ao abismo. É só matar, sufocar a dor de dentro que sei que vai passar .! 

1 de dezembro de 2011

Enfim Dezembro....

Estamos entrando no último mês do ano... Mês das realizações, confraternizações, solidariedade, mês em que o amor reacende os nossos corações... Mês da tolerância e da esperança... Que venha dezembro... E que logo atrás venha 2012, trazendo todas as coisas boas que não couberam no ano de 2011...

29 de novembro de 2011

Existe Limite Para A Sinceridade?

Na teoria, todo mundo gosta de pessoas sinceras. Daquelas que falam tudo “na lata”, que não guardam segredos, que não mentem para ninguém e são sempre 100% sinceridade. Por exemplo: falar na sua cara o que elas pensam de você, sem medo da sua reação ou o que a opinião delas pode causar. Não tem medo de se expressar de nenhum jeito ou dizer aos quatro ventos o que pensam de cada um. E quando você as questiona sobre algo, elas são totalmente sinceras. Mas e aí? Como conviver com isso? As pessoas sempre sofrem quando ouvem uma verdade, ainda mais quando esta é totalmente sincera. Como achar um equilíbrio no meio de tudo isso?
Sim, porque verdade dói. Ah, como dói. As pessoas gostam de dizer que tem que ser sinceras o tempo todo – e eu também acredito que sinceridade é extremamente importante – mas tem que haver cuidado ao dizê-la. Porque pode machucar algumas pessoas que não sabem lidar com ela. E uma coisa é ser sincero, outra, é sair falando sempre o que pensa sem medo das conseqüências. Você tem que ter em mente que, se você fala das pessoas, elas também tem todo o direito de opinar sobre você também.
Por isso eu acho que sinceridade tem limite. Que devemos ser sinceros nas nossas amizades, nos nossos relacionamentos e com as pessoas que gostamos sempre. Mas sem machucá-las. Temos que ter a noção de que podemos expor a nossa opinião, mas com limites. Afinal, você gostaria de ouvir uma verdade nada bem vinda de alguma pessoa próxima, e depois, ficar ofendido com isso?
Temos que ter cuidado com as nossas palavras. Sempre. Mas sinceridade, no fim, é o melhor caminho. É o único jeito de se prevenir de problemas, e é claro que às vezes nossos amigos nos dão um puxão de orelha, nos ajudando a sermos mais sensatos. Por isso, é bom pensar que sinceridade é necessário, sim. Mas que seja dita com cuidado e com (muita!) noção.

24 de novembro de 2011

A Impontualidade do Amor

Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Martha Medeiros