29 de novembro de 2011

Existe Limite Para A Sinceridade?

Na teoria, todo mundo gosta de pessoas sinceras. Daquelas que falam tudo “na lata”, que não guardam segredos, que não mentem para ninguém e são sempre 100% sinceridade. Por exemplo: falar na sua cara o que elas pensam de você, sem medo da sua reação ou o que a opinião delas pode causar. Não tem medo de se expressar de nenhum jeito ou dizer aos quatro ventos o que pensam de cada um. E quando você as questiona sobre algo, elas são totalmente sinceras. Mas e aí? Como conviver com isso? As pessoas sempre sofrem quando ouvem uma verdade, ainda mais quando esta é totalmente sincera. Como achar um equilíbrio no meio de tudo isso?
Sim, porque verdade dói. Ah, como dói. As pessoas gostam de dizer que tem que ser sinceras o tempo todo – e eu também acredito que sinceridade é extremamente importante – mas tem que haver cuidado ao dizê-la. Porque pode machucar algumas pessoas que não sabem lidar com ela. E uma coisa é ser sincero, outra, é sair falando sempre o que pensa sem medo das conseqüências. Você tem que ter em mente que, se você fala das pessoas, elas também tem todo o direito de opinar sobre você também.
Por isso eu acho que sinceridade tem limite. Que devemos ser sinceros nas nossas amizades, nos nossos relacionamentos e com as pessoas que gostamos sempre. Mas sem machucá-las. Temos que ter a noção de que podemos expor a nossa opinião, mas com limites. Afinal, você gostaria de ouvir uma verdade nada bem vinda de alguma pessoa próxima, e depois, ficar ofendido com isso?
Temos que ter cuidado com as nossas palavras. Sempre. Mas sinceridade, no fim, é o melhor caminho. É o único jeito de se prevenir de problemas, e é claro que às vezes nossos amigos nos dão um puxão de orelha, nos ajudando a sermos mais sensatos. Por isso, é bom pensar que sinceridade é necessário, sim. Mas que seja dita com cuidado e com (muita!) noção.

24 de novembro de 2011

A Impontualidade do Amor

Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Martha Medeiros

22 de novembro de 2011

Eu posso ser bem chata às vezes, ou até mesmo insuportável. Fico angustiada, e quando estou assim, ninguém me suporta. Sou um tanto exigente, reclamo demais da vida e ainda sou do contra. Brigo e me arrependo. Posso ser bastante grudenta ou muito fria. Sou assim da cabeça aos pés. Posso ser a pessoa mais legal que você vai conhecer, a mais animada, a mais alegre. Talvez a mais chata, a mais triste, a mais depressiva. Talvez a mais baladeira, ou a mais caseira. Talvez a única que prefira livros, à TV. A mais sem noção. A mais palhaça ou a mais seria. A mais educada, ou a que mais fale palavrões. Simplesmente não me defina, porque até eu não sei como vou estar no dia de amanhã.

Não tem jeito, pois não sei fingir gostar.

Fui acusada de ser louca. Talvez eu seja!
Mas se pararmos para pensar, de perto ninguém é normal. Todos nós temos nossas loucuras, nossos momentos insanos, o que me torna diferente da maioria é que eu não faço questão de parecer ser "normal".
Quando eu gosto, gosto pra valer e declaro que amo. Grito meu amor ao vento para que ele possa levar meu grito apaixonado aos quatro cantos do mundo.
Mas quando não gosto... Bem... Não tem jeito, pois não sei fingir gostar.

14 de novembro de 2011

Pensamentos

Eu odeio puxação de saco, me sinto desconfortável com elogios demais, odeio gente que fala de forma desenfreada e que tenta a todo custo demonstrar simpatia. Isso soa falso, soa errado e não me enchem os olhos, mas sinto uma admiração enorme por pessoas observadoras que nada dizem, mas que com um único olhar nos faz entender toda a façanha de seus pensamentos.